SEGURANÇA E HIGIENE ALIMENTAR: DUAS METADES DE UMA LARANJA DESCONTAMINADA

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email

Lavar bem as mãos, cozinhar e armazenar bem os alimentos, higienizar a cozinha, utensílios e bancadas, vedar o lixo e descartar alimentos vencidos etc. são regras básicas, bastante conhecidas, inclusive, quando pensamos em higiene alimentar. Mesmo que nem sempre se cumpram todas, não costumam ser desconhecidas da população em geral. É uma questão de saúde e bem-estar. Mas também é considerada uma questão de segurança. Por quê?

Primeiro, é preciso estabelecer uma diferença: segurança dos alimentos são práticas que visam a assegurar que eles não ofereçam risco nenhum de contaminação a quem os consumirá, e podem ser aplicadas desde sua produção, ou na indústria, até os lares. É basicamente o que introduz este texto. No entanto, segurança alimentar são práticas relacionadas a políticas públicas que têm o propósito de garantir qualidade nutricional à população. Apesar da diferença, ambas são interconectadas por natureza e por necessidade.

A primeira mais próxima à higiene, a segunda mais próxima à nutrição.
Por exemplo, a segurança alimentar define que todo ser humano deve ter acesso à alimentação nutritiva e saudável. Daí, por uma oposição óbvia, temos a insegurança alimentar, que normalmente acontece por fatores socioeconômicos, como a alta nos preços dos produtos básicos como milho e trigo, políticos, como conflitos, e guerras, ou práticas de austeridade, e ambientais, como as cada vez mais constantes mudanças climáticas. Tudo isso colabora para o aumento significativo dos índices de fome, miséria e subnutrição.

A segurança alimentar objetiva assegurar a todos alimentos básicos de qualidade. E só podem ser de qualidade se, paralelamente, as questões de higiene não forem vistas como somente de bem-estar, ou mesmo somente de saúde. É uma questão vital. As práticas alimentares saudáveis devem ser a base de uma vida digna.
Segurança e higiene alimentar são tão importantes quanto a própria alimentação em si. Os problemas advindos da falta de controle e ações positivas são devastadores, em todos os aspectos. É por isso que deve ser uma preocupação de todos os cidadãos e governantes, das famílias e das escolas, das empresas e dos órgãos públicos. E as duas, higiene e segurança, precisam ser encaradas sempre como questões urgentes.